Vendas do varejo de material de construção registram queda em junho - Revista Anamaco

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Vendas do varejo de material de construção registram queda em junho

Texto: Redação Revista Anamaco

Dados apurados pela Pesquisa Tracking Mensal, realizada pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), mostram que as vendas do varejo de material de construção registraram queda de 6% em junho em comparação a maio, teve desempenho estável em relação ao mesmo mês do ano passado, incremento de 2% no acumulado de janeiro e junho e alta de 3% nos últimos 12 meses. 
Na avaliação da entidade, o desempenho no mês foi afetado pela diminuição da confiança do consumidor. “Toda vez que a confiança é abalada, mesmo que minimamente, ele deixa de investir em reformas e construção. Nosso setor depende de planejamento, o cliente não faz compras por impulso. Ele precisa se sentir confiante de que vai conseguir não só começar, mas terminar a obra”, observa Claudio Conz, presidente Executivo da Anamaco.
O levantamento por regiões mostra retração de 17% no Centro-Oeste; 15% no Nordeste; e 7% no Norte e Sudeste. Já o Sul foi a única Região do País que registrou aumento nas vendas: 10% no período. 
Entre as categorias avaliadas, telhas de fibrocimento e tintas cresceram 2% em junho, enquanto as vendas de revestimentos cerâmicos retraíram 3%.
A pesquisa também indicou que o otimismo com relação ao Governo Federal nos próximos 12 meses retraiu 8% no período, passando de 70% para 62%, que 47% dos entrevistados pretendem realizar investimentos em 2019 e 16% declararam que têm a intenção de contratar em julho. 
O Governo do Estado de São Paulo publicou no Diário Oficial do dia 26 de junho a portaria CAT 32, que altera a base de cálculo para a saída de material de construção e congêneres no Estado. A nova portaria estipula que, a partir de julho, passam a vigorar novas MVAs (Margem de Valor Agregado) para os produtos do setor, com variações de 49% a 108%. “Já vínhamos fazendo esse alerta e vamos continuar o diálogo com o governo. Vamos trabalhar, em conjunto, com as outras entidades para apresentarmos um novo estudo ao Governo de São Paulo, fazendo um apelo para a realidade do nosso setor. O cálculo do ICMS está muito acima do que vem sendo praticado pelo varejo. Infelizmente, o consumidor final acabará sentindo essa diferença no bolso de imediato”, comenta Conz.
A estimativa é de que cerca de 70% dos produtos do setor sofram reajustes de até 8% no preço até o final deste mês de julho, o que deverá atrapalhar o processo de retomada. O presidente da Anamaco explica que a entidade estava confiante de que encerraria o ano com um crescimento de 8,5% sobre 2018, mas como os demais Estados tendem a “copiar” São Paulo, deverá haver reflexos, inclusive na abertura de novos postos de trabalho.

Foto: Adobe Stock 

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