Vendas internas de cimento caem 0,1% em janeiro, apura Sindicato
Segundo dados preliminares levantados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas internas de cimento no Brasil totalizaram 4,3 milhões de toneladas em janeiro, com queda de 0,1% em relação ao mesmo período de 2017. Nos últimos 12 meses (fev/2017 a jan/2018), as vendas acumuladas totalizaram 53,8 milhões de toneladas, 6,2% menores do que nos 12 meses anteriores (fev/2016 a jan/2017).
Na comparação por dia útil - melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados, que tem forte influência no consumo de cimento - as vendas do produto no mercado interno em janeiro apresentaram aumento de 0,2% em relação a dezembro de 2017 e queda de 0,1% sobre janeiro de 2017.
O consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 4,4 milhões de toneladas em janeiro, com retração de 0,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses (fev/2017 a jan/2018), a queda no consumo aparente atingiu 6,1% sobre igual período anterior (fev/2016 a jan/2017).
Na avaliação de Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, o desempenho alcançado em janeiro está em linha com as expectativas de recuperação de demanda do setor em 2018. “Temos observado, nos últimos meses, uma contínua desaceleração no ritmo da queda. Neste primeiro trimestre, o consumo ainda deve apresentar números negativos, mas no segundo trimestre ele deve alcançar índices positivos, após três anos consecutivos de queda do consumo do cimento”, acredita.
Penna aponta alguns fatores que estão levando a uma perspectiva positiva da indústria do cimento em 2018: “A melhoria no ambiente macroeconômico que vem ocorrendo no País, de retomada do crescimento do PIB, redução da inflação e das taxas de juros, crescimento do emprego e da renda, além dos avanços em outros indicadores importantes para a demanda do cimento, como crédito imobiliário e redução no estoque de imóveis disponíveis, levaram o SNIC a projetar expansão entre 1% e 2% em 2018”.