Dados preocupantes

Texto: Redação Revista Anamaco

Em agosto, foram vendidas 4,9 milhões de toneladas de cimento no mercado interno, um volume 2,4% menor em relação ao mesmo mês de 2077, de acordo com dados preliminares da indústria. No período de janeiro a agosto, as vendas acumuladas somam 34,9 milhões de toneladas. Esse montante representa uma queda de 1,7% frente ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses, as vendas totalizaram 52,7 milhões de toneladas, quantidade 2,6% menor do que nos 12 meses anteriores (setembro/16 a agosto/17).
Na comparação por dia útil - melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados, que têm forte influência no consumo de cimento - as vendas do produto no mercado interno em agosto apresentaram retração de 2,4% em relação a agosto de 2017 e alta de 2,6% sobre julho de 2018.
O consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 35 milhões de toneladas janeiro a agosto, com retração de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o acumulado nos últimos 12 meses (setembro/17 a agosto/18), houve uma queda de 2,8% sobre igual período anterior (setembro/16 a agosto/17).
Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), avalia que o fraco desempenho dos indicadores econômicos - como produção industrial, PIB e emprego na construção civil - aliado ao efeito dos 10 dias de greve dos caminhoneiros e, particularmente para a indústria do cimento o tabelamento do transporte, vêm contribuindo para a piora nos resultados do setor. “O frete respondia por cerca de 30% da receita líquida do produto. Após a recente elaboração de uma tabela que não obedeceu aos requisitos técnicos necessários, a situação se complicou e o custo do frete será elevado em aproximadamente 120%, agravando ainda mais o quadro do setor”, lamenta.
O executivo afirma que, este ano, o setor deverá fechar novamente com resultado negativo. “Com todas essas variáveis, as novas projeções do SNIC apontam que a indústria do cimento deverá registrar uma queda entre 1% e 2% em 2018, o que representa uma sequência de quatro anos consecutivos de recuo, acumulando desde 2014 uma retração de 26%”, explica.

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