Vendas menores em dezembro - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco Sebrae

Vendas menores em dezembro

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) acaba de divulgar os resultados da última edição de 2021 do Termômetro da entidade, estudo realizado, com exclusividade, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) para a Associação.
Segundo o levantamento, em dezembro, período tradicionalmente mais fraco para o varejo do setor, o percentual de assinalações de crescimento teve forte queda em relação a novembro. Em nível nacional, 22% dos entrevistados reportaram alta nas vendas contra 33% no mês anterior. No outro extremo, os lojistas que registraram queda passaram de 28% para 38%. Com isso, o indicador-síntese referente a dezembro caiu abaixo o patamar de neutralidade (100), chegando a 84 pontos.
Embora o desempenho menor já fosse esperado, o recuo foi bastante expressivo e o resultado de dezembro foi o pior da série histórica. Em termos comparativos, esse indicador havia sido de 113 pontos em dezembro de 2020.
Considerando os varejistas por porte (número de funcionários), as respostas positivas sobre as vendas correntes variaram de 18% a 27% sem correlação aparente com o tamanho do comércio. Mas, quando se considera a especialidade das lojas, o destaque negativo foram as de material hidráulico: 57% dos participantes da pesquisa apontaram queda de vendas em dezembro.
O estudo revela, ainda, que as expectativas dos revendedores para os próximos três meses estiveram bem mais próximas do padrão sazonal típico. Em nível nacional, 42% dos entrevistados em dezembro apontaram esperar alta das vendas e apenas 16% esperavam queda. Em dezembro de 2020 esses percentuais foram de 40% e 21%, respectivamente. Na avaliação das entidades, o resultado no mês passado pode ter sido afetado pelos efeitos esperados do pagamento no novo Auxílio Brasil ao longo de 2022.
Os indicadores-síntese de percepção do varejo de material de construção mostram o movimento em sentidos opostos - já registrado em 2020 - entre as assinalações do mês corrente (dezembro) e aos meses futuros. A piora no mês da pesquisa não afetou negativamente as expectativas dos lojistas e, apesar de bastante forte, manteve o otimismo quanto a possível retomada no início de 2022. Nesse sentido, o indicador-síntese relativo aos próximos três meses atingiu o nível de 126 pontos, sete pontos acima do registrado em dezembro de 2020.
No que se refere às expectativas quanto às ações do governo nos próximos meses houve pequena melhora. Entre novembro e dezembro, a parcela de revendedores otimistas passou de 47% para 52%, enquanto a de pessimistas passou de 19% para 20%. Com isso, o diferencial entre essas assinalações avançou, passando de 28 pontos para 32 pontos. O percentual de assinalações otimistas voltou a subir depois de dois meses sucessivos de queda. Regionalmente, as assinalações positivas sobre as ações futuras do governo superaram os 50% em todo o País, exceto no Nordeste (43%). A Região mais otimista em dezembro foi o Centro-Oeste (73%) e a mais pessimista novamente no Nordeste (29%).

Foto: Adobe Stock

 

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