Vendas nas lojas de material de construção têm incremento de 3% em junho - Revista Anamaco

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Vendas nas lojas de material de construção têm incremento de 3% em junho

Texto: Redação Revista Anamaco

Depois de ter sofrido com a greve de caminhoneiros no final de maio, que atrasou entregas e atrapalhou o deslocamento do consumidor até as lojas, o varejo de material de construção esboçou reação e registrou incremento de 3% nas vendas em junho, na comparação com o mês anterior. Na relação com o mesmo período de 2017, o setor apresenta desempenho estável, no acumulado do ano, 3% de crescimento sobre 2017 e nos últimos 12 meses, o resultado é 6% positivo. Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), que entrevistou 530 lojistas.
Claudio Conz, presidente da entidade, explica que, geralmente, os meses de junho e julho são de crescimento nas vendas. Isso porque, com o fim do período de chuvas, as pessoas voltam a retomar as obras. “Porém, estamos sofrendo um impacto de forma clara por conta do aumento do dólar. Produtos que levam cobre e outros materiais cotados na moeda americana sofreram aumentos de 6%, já repassados ao consumidor”, comenta Conz.
Outros problemas relatados pelo presidente da Anamaco referem-se à alta do frete, que deverá resultar em mais 6% de aumento até o final de julho, e à elevação do preço do petróleo nas resinas, que está impactando no segmento de tintas. “Esses fatores, incluindo impasses sobre a tabela oficial de fretes, devem influenciar o nosso desempenho , por isso estamos revendo a nossa expectativa de crescimento em 2018 de 8% para 5%”, lamenta o executivo.
Segundo a pesquisa, o Centro-Oeste foi a Região com melhor desempenho em junho (alta de 11%), seguido de Nordeste e Sul (cada um com 6%). No Norte e Sudeste não houve variação.
Entre as categorias avaliadas, tintas e revestimentos cerâmicos apresentaram crescimento de 3% no mês, enquanto telhas de fibrocimento retraíram 4%.
O “BusTracking”, que permite a inclusão de perguntas específicas no questionário,  indicou um aumento no sentimento otimista do setor em relação às ações do governo (de 20% para 25%), mas ainda predomina o pessimismo (40%).
Segundo o estudo, para julho, pouco mais da metade dos estabelecimentos entrevistados acredita que haverá crescimento nas vendas.
O levantamento indicou, ainda, que aumentou a pretensão dos lojistas de fazer investimentos nos próximos 12 meses,  nas regiões Centro-Oeste (13%), Nordeste (10%) e Sul (5%). No Norte e Sudeste esse índice ficou estável.  No Centro-Oeste e Nordeste cresceu, também, a intenção de contratar funcionários (3% e 7%, respectivamente). Já no Sudeste, esse índice retraiu 5%.

Foto: Fotolia

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