Vendas no varejo de material de construção esboçam reação - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco

Vendas no varejo de material de construção esboçam reação

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com os dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e que compõem o Termômetro Anamaco, as vendas no varejo de material de construção esboçaram reação em fevereiro após a queda sazonal que durou até o mês passado.
Os números, divulgados pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revelam que as indicações de alta no mês corrente passaram de 15% para 17%. Em fevereiro do ano passado, esse percentual havia sido de 45%. Em sentido inverso, os varejistas que apontaram queda nas vendas de fevereiro passaram de 49% para 37%. Há um ano, o mesmo indicador havia sido de 30%.
Na análise das entidades, esses resultados refletem tanto fatores estritamente econômicos, como a alta das taxas de juros e o ritmo lento de crescimento da atividade, quanto de saúde, com destaque para o pico de novos casos de Covid-19 registrado nos dois primeiros meses do ano. Com isso, o indicador Anamaco de vendas correntes teve recuperação expressiva, passando de 66 pontos em janeiro para 80 pontos em fevereiro (100 denota neutralidade e número abaixo, pessimismo). Apesar da melhora, o indicador ainda ficou abaixo do registrado em fevereiro de 2021, quando atingiu a marca de 115 pontos.
Considerando as lojas por especialidade, registram otimismo acima da média nacional os segmentos de material básico (21% de assinalações de crescimento no mês corrente), revestimento cerâmico (26%) e pintura (18%). Dentre as menos otimistas destacam-se as lojas de material elétrico, com apenas 9% de assinalações de alta.
A alta na percepção de vendas correntes em fevereiro veio acompanhada por um impulso no otimismo quanto às vendas nos próximos três meses (março a maio). Segundo o estudo, a parcela de varejistas que espera alta nas vendas nesse período chegou a 60%, contra 53% em janeiro.
Os indicadores-síntese de percepção do varejo de material de construção mostram que o nível corrente de percepção sobre as vendas permanece no campo pessimista (abaixo de 100) apesar da recuperação observada em fevereiro. Também revela o nível elevado de expectativas para as vendas nos próximos meses.
O nível do indicador de vendas para os próximos três meses registrado em fevereiro (152 pontos) é o segundo mais alto da série histórica, ficando atrás apenas do registrado em julho de 2021 (153 pontos). Na análise regional, registraram otimismo com relação às vendas correntes acima da média nacional o Norte (22%) e o Centro-Oeste (23%). A região menos otimista em fevereiro foi o Sul (14%). Sudeste e Nordeste igualaram a média nacional (17%).
Sobre a expectativa de vendas nos três meses à frente, todas as regiões registraram mais de 50% de assinalações positivas, sendo o Sul a região menos otimista (54%) e o Norte a mais otimista (69%) Em paralelo a esse movimento dos indicadores relacionados às vendas, houve discreta melhora nas expectativas quanto às ações do governo nos próximos doze meses. As respostas otimistas passaram de 51% para 55%. Esse foi o nível mais alto de assinalações positivas desde junho de 2021, quando o mesmo indicador atingiu o mesmo patamar de 55%.

Foto: Adobe Stock

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