Pesquisa Tracking

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) divulgou hoje (04 de fevereiro) a Pesquisa Tracking mensal, que mostra como se comportaram as vendas das lojas do setor. De acordo com os dados apurados pela entidade, o varejo registrou desempenho estável em janeiro em comparação ao mesmo período do ano passado. Já em relação a dezembro último, o setor teve queda de 9%.
Claudio Conz, presidente Executivo da Anamaco, explica que a performance já era esperada porque, tradicionalmente, as revendas têm um começo de ano com pouco movimento. “Início do ano sempre é complicado porque é o período de pagamento de impostos, como IPTU, IPVA, além de custos extras de retorno das aulas, férias de janeiro, além das contas do cartão de crédito de dezembro (com todos os presentes de Natal). A lista é longa e começou a faltar dinheiro, principalmente no final do mês”, justifica Conz.
Conz reforça que, nos últimos 12 meses, o setor registrou crescimento de 6,5% e que, em 2018, o faturamento das lojas do setor foi recorde e atingiu R$ 122 bilhões. “Estamos vindo de uma crescente, mas para o setor o ano começa mesmo depois do Carnaval, que é quando as pessoas voltam a pensar em reforma e construção, que demandam tempo e planejamento”, explica.
A Pesquisa mostra que todas as regiões do País apresentaram resultados negativos em janeiro, comparado a dezembro. No Nordeste, a queda foi de 26%; no Norte, recuo de 15%, no Sudeste, baixa de 12%, no Sul, desaceleração de 9% e no Centro-Oeste, queda de 3%.  
Entre as categorias pesquisadas, o segmento de tintas apresentou a maior retração no período: - 40%, seguido de revestimentos cerâmicos: -17%. Já telhas de fibrocimento cresceram 4% no mês, possivelmente por conta do aumento de volume de chuvas. “Para fevereiro, os lojistas estão mais otimistas:  45% dos entrevistados acreditam em recuperação, mas ainda assim deve ser um mês com pouco volume de vendas, comparado a outros meses do ano. O aumento do volume de chuvas ocasiona obras de reparo, mas as obras mais estruturais acabam ficando pra depois”, completa Conz.
O levantamento apontou, ainda, que 86% dos entrevistados estão otimistas com o novo governo. Enquanto 45% pretendem realizar investimentos nos próximos 12 meses, 20% dos entrevistados querem contratar novos funcionários neste mês de fevereiro.

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