Vendas no varejo recuam em abril e atingem a maior retração desde 2001
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com levantamento realizado pela Serasa Experian, em abril, as vendas do varejo recuaram 31,8% em relação ao mesmo mês de 2019, o que representa a maior retração desde o início da série histórica iniciada em 2001. Até então, a maior queda havia sido registrada em janeiro 2002: 16,5%. Na comparação com março, a desaceleração chega a 19,4%. Com o resultado, no acumulado do ano, a atividade varejo tem queda de 10,1% em relação ao período de janeiro a abril do ano passado.
Nesse cenário, entre os setores que mais sofreram no mês está o de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com uma queda de 39,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O desempenho é seguido de perto pelo comércio de vestuário e calçados, cuja redução nas vendas foi de 39,6%; de veículos, motos e autopeças, 33,1%; e de material de construção, 32,1%.
Luiz Rabi, economista da entidade, destaca que a queda no movimento foi influenciada, diretamente, pela adoção das medidas de distanciamento social contra a pandemia do novo coronavírus. “Com estabelecimentos comerciais de portas fechadas, lojistas viram seus estoques aumentarem e a demanda por produtos diminuir”, justifica.
Outro fator, segundo ele, foi o impacto da crise na estabilidade financeira das famílias. “Nesse momento de instabilidade em que muitos ficam inseguros em seus empregos, o brasileiro se retrai para o consumo não essencial. Até mesmo quem tem um poder de compra mais elevado acaba direcionando seus recursos para uma reserva de emergência”, explica.
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