Desempenho positivo

Texto: Redação Revista Anamaco

A Votorantim Cimentos acaba de divulgar seu desempenho de janeiro a março. De acordo com os dados apresentados, a empresa encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 78 milhões, revertendo prejuízo de R$ 317 milhões registrado no mesmo período do ano passado. No período, a companhia obteve receita líquida global de R$ 5,8 bilhões, o que representa um crescimento de 18% em relação a igual trimestre do ano passado.
Osvaldo Ayres Filho, CEO global da empresa, credita o resultado à combinação do volume adicionado com a nova fábrica de Málaga, no Sul da Espanha, e da dinâmica favorável de preços em todas as regiões, que mitigaram o efeito negativo da valorização do Real na consolidação do resultado das operações no exterior.
No primeiro trimestre, as vendas globais de cimento da empresa somaram oito milhões de toneladas, permanecendo no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2022. “No final do ano passado, concluímos a aquisição da fábrica em Málaga e o ativo foi completamente integrado, tendo cumprido a curva de ganho de sinergias esperadas no primeiro trimestre. A gestão de precificação implementada globalmente para fazer frente à inflação de custos também contribuiu para o resultado positivo no trimestre, apesar do cenário ainda volátil e incerto na economia global. A companhia segue firme e alinhada ao seu plano estratégico, com solidez financeira e preparada para as oportunidades e os desafios que estão por vir”, afirma.
Segundo ele, o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 779 milhões nos primeiros três meses de 2023, valor 85% maior do que no mesmo período de 2022.
O executivo explica que o resultado operacional consolidado foi impulsionado pela dinâmica de preços em todas as regiões, o que também impactou positivamente a margem EBITDA no período. A margem EBITDA foi de 13% no 1T23, representando um aumento de quatro pontos percentuais comparado ao 1T22.
A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o trimestre em 1,78x, um aumento de 0,23x comparado ao fechamento de 2022 e 0,06x menor que o mesmo período de 2022. A métrica segue em conformidade com a política financeira da companhia e alinhada com os indicadores de grau de investimento.
“Ao final do primeiro trimestre, mantivemos uma sólida posição de caixa de R$ 3,6 bilhões, sendo 40% em moeda forte, o que mitiga os riscos de eventual depreciação do Real. Esse montante em caixa está acima da nossa política de caixa mínimo e permite que a companhia cumpra com suas obrigações financeiras para os próximos quatro anos”, diz Bianca Nasser, diretora Financeira Global da Votorantim Cimentos.
Nesse cenário, no Brasil, a empresa alcançou receita líquida de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 13% em relação ao 1T22. Na avaliação da companhia, a dinâmica de preços favorável compensou a queda de volume no mercado de cimento, afetado pelo período prolongado de chuvas intensas em todas as regiões do País, além da conjuntura econômica, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
O EBITDA ajustado foi de R$ 547 milhões, resultado operacional 51% maior comparado ao 1T22, explicado pelo crescimento nos negócios adjacentes, além da gestão de preços, que mitigaram os impactos da queda de volume e pressão dos custos variáveis, principalmente combustível, frete e matéria-prima.

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