Votorantim Cimentos reduz 4% das emissões globais de CO2 em 2023
Texto: Redação Revista Anamaco
A Votorantim Cimentos encerrou 2023 com resultado global de emissões de 556 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido, o que representa uma redução de 4% na comparação com 2022. A meta de descarbonização da companhia para 2030 e aprovada pelo Science Based Target initiative (SBTi) é de 475 kg de CO2 por tonelada de cimento. Entre 1990 e 2023, a empresa reduziu as emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido em 27%.
Álvaro Lorenz, diretor Global de Sustentabilidade, Relações Institucionais, Desenvolvimento de Produto, Engenharia e Energia da Votorantim Cimentos, explica que a estratégia de descarbonização está pautada em quatro pilares: o coprocessamento, que é a substituição do combustível fóssil nos fornos de produção do cimento por outros materiais, especialmente biomassas e resíduos; o uso de cimentícios, que é a substituição do clínquer - o principal responsável pela emissão de CO2 no processo produtivo de cimento - por subprodutos vindos de outras indústrias; a eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia, com hidrelétricas próprias e investimentos em energia solar e eólica; e o desenvolvimento de tecnologias, uso de processos inovadores, novos materiais, captura de carbono, ganho de eficiência na cadeia de valor do uso de cimento e concreto, parcerias com diversas entidades e academia para, cada vez mais, otimizar os recursos e seguir reduzindo a intensidade de carbono.
Segundo ele, no ano passado, a taxa de substituição térmica global da Votorantim Cimentos por meio do coprocessamento foi de 31%. “O resultado reflete os investimentos para modernização das fábricas e a utilização de novas fontes de combustíveis alternativos, principalmente resíduos e biomassas, que substituem o combustível fóssil nos fornos de produção de cimento. Em 2022, a empresa obteve um percentual de 26,5% de substituição térmica e a meta para 2030 é atingir um índice de 53%”, salienta.
Já a taxa do fator clínquer passou de 73,9% em 2022 para 72,8% em 2023, o que também contribuiu para a redução das emissões (menor uso de clínquer no cimento). A meta para 2030 é alcançar um índice de 68% de fator clínquer, utilizando cada vez mais matérias-primas alternativas dentro do conceito da economia circular. O clínquer é o principal componente do cimento, obtido a partir da submissão do calcário e outras matérias-primas em fornos de alta temperatura. É nessa etapa que ocorre a maior parcela das emissões diretas de CO2. Portanto, quanto menor o fator clinquer, menor as emissões.
O executivo lembra que, em 2023, 35,1% da energia elétrica consumida pela companhia foi proveniente de fontes renováveis, em comparação com 22,9% em 2022. Esse aumento é resultado da implementação do projeto Ventos do Piauí no Brasil e da utilização de energia eólica em Espanha. A meta da companhia é atingir 45% da energia consumida globalmente oriunda de fontes renováveis até 2030. “As empresas mais competitivas e sustentáveis serão aquelas com a menor emissão de gases de efeito estufa. Em todos os países onde operamos estamos comprometidos em avançar na nossa jornada de descarbonização, alinhado ao nosso objetivo de produzir concreto neutro em carbono até 2050”, afirma.